domingo, 13 de dezembro de 2009

PROFESSORES EM AÇÃO...

Relatório da professora Maria do Carmo de Jesus Saraiva, atividade desenvolvida na EMEF David Gomes, com a 5ª série, turma A, com a carga horária de 04 horas aulas.
           Iniciamos a atividade conversando sobre a profissão dos sonhos de cada aluno, pedi que escrevesse uma carta que seria enviada a um profissional da área que eles escolheram, e assim foi feito. Após leituras e correções, as cartas fora passadas a limpo, envelopadas e pessoalmente enviada a cada profissional escolhido as cartinhas dos alunos com perguntas relacionadas ao dia a dia da profissão da cada um.
           Na aula seguinte fizemos uma mesa redonda, expliquei a eles que um profissional seria convidado a vir a escola para uma entrevista e escrivi no quadro as profissões que mais apareceram nas escolhas dos alunos da aula anterior. De comum acordo foi feita uma votação para a escolha do nosso ilustre visitante. A profissão de veterinário ganhou com muitos votos da classe. A partir daí começamos elaborar as perguntas da nossa entrevista.
           No outro dia, continuamos a elaborar as perguntas da entrevista, dividimos por aluno, cada qual anotou a sua pergunta e em ordem, para não haver transtornos na hora da visita, e escolhemos um slide para passarmos ao Dr° Marcus Rodrigo Florindo, em agradecimento a disponibilidade em nos atender prontamente ao ser convidado.
           No dia da entrevistas a euforia tomou conta dos alunos, cada qual estava com sua pergunta na ponta da língua e tudo correu normalmente com muito entusiasmo por arte das crianças e com muita boa vontade por parte do entrevistado, foi um clima de muita alegria e os alunos se sentiram muito importantes e se comportaram de uma maneira muito educada e simpática. Para finalizar o entrevistado presenteou um filhote de Dálmata a aluna Daiane, pela carta que escreveu a ele, que muito o comoveu, pelo interesse pela profissão e pelo amor aos animais, a aos demais presenteou com umaáquário com peixinhos Beta. Foi sem dúvida um trabalho muito gratificante e prazeroso para todos.

FOTOS DO TRABALHO DESENVOLVIDO



OFICINA 09 - TP 5 - UNIDADE 18 / TEMA: COERÊNCIA TEXTUAL

           Oficina que foi iniciada no dia 05 de dezembro, às 8:30 h, mas devido o grande volume de chuva em Ibatiba, a qual todo o centro e muitos bairros foram inundados, não foi concluído, e o realizamos no dia 12 de dezembro. Nesse encontro iniciamos o estudo do TP5, estudando Estilística na unidade 17, com o texto de apóio "Os diferentes estilos" de Paulo Mendes Campos, com dramatização e debates sobre o tema.
           No momento de relatos de experiências os professores colocaram o enteresse dos alunos em trabalhar com textos e atividades do Gestar, os quais agora cobram dos professores atividades com textos e diversificados.
           Por motivo das escolas terem sido obrigadas a antecipar o encerramento do ano letivo, por as mesmas estarem sendo usadas como abrigo pelos populares que perderam suas residências, por causa das enchentes dos últimos dias, os cursistas ficaram impossibilitados de concluir suas atividades e projetos.
          Então, neste encontro, paramos para reler e refazer o memorial de leitura, que com o objetivo de levar o professor à escrever, resultou em textos riquíssimos e belíssimos.
          Buscando soluções para problemas, produzimos. E com a certeza e a sensação que juntos estudamos, refletimos e encontramos caminhos...


MOMENTO DE CINEMA


           No dia 14 de novembro, os cursistas se encontraram na E.M.E.F. David Gomes, para um momento de cinema, onde assistiram o filme "Os Narradores de Javé," e analizaram a escrita como transcrição de vida.

OFICINA 08 - TP 4 - UNIDADE 16 / TEMA: A PRODUÇÃO TEXTUAL - CRENÇAS, TEORIAS E FAZERES

           A oficina de número 8 - TP4 - tema: A produçao textual - crenças, teorias e fazeres, foi realizada no dia 07 de novembro, às 8:30 h, na E.M.E.I. Professora Helena Almocdice Valadão. Iniciando a reunião com uma oração e uma dinâmica de acolhida, houve um momento de reflexão com a leitura do texto "Lecionei a todos eles" de Jhon White,momento que aflorou a emoção de todos devido acontecimentos recentes de grande violência que chocou toda população do município. Em seguida foi organizada e desenvolvida uma discussão em torno do conteúdo da unidade, cada cursista recebeu uma frase sobre leis para escrever bem, relatando sua frase com comentários, referindo a ela como mito ou fato, quanto ao processo de escrita. Concluindo que o ato comunicativo surge no desenvolvimento e o ensino da escrita como processo.
         A professora Maria do Carmo e o professor Ricardo relataram suas experiências no avançando na prática com seus alunos, onde deram mais ênfases à oralidade dos mesmos, oportunidade em que puderam constatar os avanços em produções de textos, no qual os alunos já se sentem  mais seguros e sem as chatíssimas reclamações.
        Realizada a atividade da oficina em grupo, e em seguida os grupos compartilharam com os demais suas atividades . Refletindo sobre a importância do regaste da auto-estima do aluno e a importância do professor como modelo a ser seguido e incentivador de projeto de vida.
       Oportunidade na qual foi agendado visítas da formadora às escolas dos cursistas, para apresentação dos projetos e análises dos descritores das avaliações aplicadas.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

ÀQUELES QUE QUANDO DEVERIAM SER SIMPLESMENTE PROFESSORES, FORAM MESTRES...

           A imortalidade de que se reveste a natureza humana
           Faz o homem sempre presente.
           Presente pela amizade que conquistou;
           Presente pelo exemplo que legou;
           Sempre presente porque "educou."
  Michel Wolle

Homenagem aos professores do Gestar II.
         PARABÉNS PROFESSORES....       

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

MEMORIAL DE LEITURA - LER E CRESCER.

     Da mesma forma que se aprende a falar ouvindo, aprendi a escrever lendo.Quase sem querer, tudo tão natural, numa metodologia subliminar. Tempos que era um sonho, encantação mesmo. Era histórias de todos os lados: pai, mãe, tios, avós, vizinhos, todos eram grandes contadores de casos, de fábulas, de contos de fadas ( com príncipes, princesas, reinos encantados, seres mirabolantes), de histórias de assombrações, que causava grandes terrores noturnos. Os  livros eram como se fossem brinquedos, e às vezes eram mesmo, com suas gravuras coloridas, outras vezes preto e branco, despertavam curiosidades e a imaginação voava. cresci ao meio deles, em casa, no serviço da minha mãe, era a "babá" e a "televisão", que nunca tive. Me recordo de um livro grande, capas macias, acolchoadas, com grandes borboletas coloridas e letras douradas em tom de laranja bem forte, escrito "Poesia", uma caligrafia bordada, que dava ainda mais beleza e encanto ao livro. Suas páginas amarelas, com marcas de dedos, tinha o perfume de leite com Toddy, o odor achocolatado da minha infância. Eram páginas e mais páginas de puro sonho. Poemas que nunca esqueci, que as vezes ainda ouço a voz da minha mãe lendo: "Havia uma velhinha,/ que vivia aborrecida,/ pois dava a sua vida/ para falar com alguém./ Estava sempre em casa,/ a boa velhinha/ resmungando sozinha:/ nhem, nhem, nhem, nhem..." Mesmo sem decodificar códigos, lia esta poesia, várias e várias vezes. E com isso, crescia a ânsia de ir a escola, que prá mim era o mundo encantado da leitura... ou deveria ser.
     Na escola, nas séries iniciais, não tive acesso a livros, apenas uma cartilha de nome "Caminho Suave', que o meu pai teve de adquirir, em meio de protesto, pois eu já estava alfabetizada, mas lia ela todos os dias "O dedo da Dadá dói." Minha mãe e meu avô, complementavam a minha leitura com a Bíblia, Gibis, Fotonovelas e grandes autores, que meu avô chamava de "Fabulosos..." Às vezes lia, para agrado ao meu avô, pois a minha pouca idade , não compreendia nem o que era fabuloso, muito menos seus relatos. Já nas séries finais, tive um único professor de Língua Portuguesa, meio "ante-professor", pelo menos na concepção que temos, do que é um professor. Ele sempre repetia: "Quem lê muito pode tornar-se um bom leitor, não necessáriamente um escritor competente", hoje eu compreendo isso. Este me apresentou a Machado de Assis, Graciliano Ramos, Clarice Lispector e muitos outros, de uma maneira tão peculiar, que aflorou ainda mais a minha paixão pelos livros.
     Início da década de 80, iníciei meus primeiros cursos profissionalizantes. Ingressei no antigo Curso de Habilitação em Magistério, por pressão e por falta de opção, e no Técnico em Contabilidade, mais para desafiar do que preferência. Conclui os dois, um no turno Matutino e o outro no turno Noturno. Logo de início, me identifiquei com uma disciplina que trazia as siglas L.P.L.B. ( Língua Portuguesa e Literatura Brasileira), pois me trouxe Camões, Tomás Antônio Gonzaga, Gregório de Matos, Castro Alves... no meu romantismo de adolescente, lia e relia suas Liras e sofria junto com os autores.
     Trilhei por Currículos, Metodologias, Avaliações, Conselhos de Classes, as chatíssimas e inócuas reuniões... tantas vezes cheguei ao desalento. E me refiz tantas outras. Confiando e sendo fortalecida e conduzida pelo Deus Supremo, consciente da minha imperfeição procuro sempre melhorar gradativa e constantemente. Estabeleço os limites da minha liberdade, pois sou professora, não dona da verdade; só lamento que a vida seja tão curta e o nosso ofício seja tão longo.